Fobos, na mitologia grega, era a personificação do medo (origem da palavra fobia), irmão gémeo de Deimos, que personificava o pânico, e ambos filhos de Ares, o deus grego da guerra. O equivalente romano de Ares era Marte, e por isso nada de mais natural que os dois satélites naturais do planeta Marte fossem batizados como Fobos e Deimos.
Fobos é o maior dos gémeos (falamos dos satélites naturais é claro), mas mesmo assim só tem 22,2 km de diâmetro médio (a Lua tem 3 475 km de diâmetro) e é o satélite natural que orbita mais próximo da superfície de um planeta do Sistema Solar, a aproximadamente 6 000 km da superfície de Marte (a Lua encontra-se a uma distância média da Terra de aproximadamente 380 000 km), da qual se aproxima 1,8 m por século. Significa isto que, daqui a umas dezenas de milhões de anos, Fobos irá esmagar-se contra a superfície de Marte ou, antes que aconteça, desintegrar-se-á e dará origem a um anel de detritos que orbitará em volta de Marte.
No dia 8 de Novembro a Rússia enviou uma sonda espacial que tinha como destino Fobos. Deveria descer na superfície da lua de Marte e recolher amostras rochosas que seriam enviadas para a Terra em 2014. Uma avaria na sonda mantém-na ainda, para azar de todos nós, na órbita da Terra e poucas esperanças parecem restar de que a missão possa ser salva. A missão tem um custo total de 165 milhões de dólares e poderá, se nada puder ser feito para a salvar, acabar por cair, em meados de Janeiro, na Terra. A Rússia (mais concretamente a antiga União Soviética) tem um longo historial de missões falhadas a Marte, e uma história de sucessos ao planeta Vénus. Em cima temos uma foto de Fobos tirada a 6 800 km de distância pela NASA’s Mars Reconnaissance Orbiter no dia 23 de Março de 2008.
muito fixe