Chegávamos, a passinhos curtos, do final de maio. O calor já tinha espreitado pela porta larga da primavera tardia. Só que nestes dias de maduro Maio as nuvens voltaram a toldar estes dias cada vez mais crescidos.

O dia amanhecera cinzento, a temperatura não era alta. Era um dia par, o dia 28 de Maio. As quatro turmas do 7º ano deslocaram-se à mui nobre cidade do Porto, também conhecida pelo cognome de cidade invicta. No mapa de viajantes levavam o Pavilhão da Água como destino. Situado no frondoso parque da cidade, em Matosinhos, este pavilhão “transplantado” da Expo 1998 está aberto ao público infantil, juvenil e adulto O Pavilhão da Água, é o local perfeito para experimentar a importância da água e as suas aplicações diárias, lúdicas e científicas.

 O edifício, da autoria dos arquitetos Alexandre Burmester e José Carlos Gonçalves, foi projetado de forma a criar a ilusão de que está suspenso no ar. No seu espaço, uma série de experiências, concebidas no Experimentarium, na Dinamarca, por uma equipa dirigida pelo físico Nils Hornstrup e pelo designer Peter Claudell formam um conjunto de jogos de cor, luz e som que produzem efeitos, simulam acontecimentos e explicam fenómenos. Tudo isto através da água, única fonte de energia das experiências.

De seguida, os alunos e respetivos professores acompanhantes foram ver o mar, esse mar salgado, cantado por Pessoa, amado por todas as vozes e refrescante para todos os corpos. No final do dia, a água continua a ditar as suas leis. A água ainda surpreende? Sim, os mais distraídos. Mas quem surpreendeu mesmo foi o professor de geografia, Orlando Marinho, que proporcionou uma excelente viagem de barco pela foz do rio Douro. Foi possível falar com os turistas franceses, ingleses e venezuelanos e namorar as pontes da Arrábida, D. Luís e D. Maria.

No regresso merecido a outro rio, o Varosa, já vestidinho de pijama da cor dos salgueiros e dos sabugueiros, recebeu os alunos com a sua eternidade e placidez. Todos regressávamos cansados mas enriquecidos ao leito do Vale Encantado.

(por António Martins)